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Janela de madeira azul

O que eu faria se não tivesse medo.

SOBRE O BLOG

Lá em 2016, quando surgiu a oportunidade de ir passar uma temporada em Lilliput, minha vida pessoal estava enevoada e estranha. Vivia as primeiras semanas de luto, pela partida do meu pai. Estava exausta pela comoção e tentava pensar num futuro pacífico. Largar tudo: casa, projetos profissionais, amigos e minha própria história. Carregar apenas os filhos Didier e Petite, umas roupas, todos os livros e móveis de família. Até que pareceu-me uma proposta razoável. Era a permissão temporária para eu tentar me encontrar, aos quarenta e poucos anos. Desde aquela minha partida, já se passaram muitos anos e, inclusive, chegou o tempo do retorno ao berço que eu havia escolhido para viver. Novas experiências e outras tantas frustações. Descobertas de inúmeros planos B... Mas, a pergunta ainda caminha sob a minha cabeça e que continua muito atual é: qual o motivo? Por que estou aqui? O que devo aprender?
Não tenho pressa para respostas prontas; por isso esse blog é um ensaio de lembranças para que um dia, revendo as memórias, eu possa articular algumas saídas para essa minha cabeça teimosa .
Não é um blog sobre viagens incríveis. Não é um blog sobre tudo o que você gostaria de saber sobre Lilliput, sobre o meu Berço, ou sobre minha vida em família. Porque nunca gostei de clichês.
Ao contrário, para fazer esse blog foi preciso me inspirar em Virgínia Woolf, em seu texto "Profissões para Mulheres e Outros Artigos Feministas", pois havia, sim, um "Anjo do Lar" que costumava aparecer e me assobrar. Esse blog existe porque é preciso combater esse fantasma, principalmente, porque em Lilliput haviam muitos mais "Anjos do Lar" do que eu poderia supor.
Da mesma forma, esse blog serve de ensaio para uma provocação pessoal: se eu não tivesse medo, eu escreveria? Então, veja o que eu ando escrevendo...

Passado aquele período, eu continuei a escrever, porque uma nova janela se abriu na minha cabeça, e outras ideias foram surgindo, de maneira que o poder das memórias nunca mais me abandonou.

Sobre nós
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